
RCP é a sigla para “Reanimação Cardiopulmonar”, um procedimento de emergência que pode salvar vidas em casos de parada cardíaca ou respiratória.
A RCP combina compressões torácicas (compressão torácica é a técnica de aplicar pressão no tórax da vítima, de forma rítmica e contínua, com o objetivo de comprimir o coração e manter a circulação sanguínea. As compressões torácicas forçam o sangue que contém oxigénio, a sair do coração e ir até o cérebro e demais órgãos vitais) com respiração artificial para manter o fluxo de sangue e oxigênio no corpo, especialmente no cérebro e no coração.
A Dra. Amanda tem muitos anos de experiência em cardiologia e está pronta para lhe ajudar caso necessário.

Dra. Amanda Barbuio Teixeira
Especialidade: Cardiologista
CRM: 125197
Experiência: mais de 18 anos
Associações Profissionais:
Filiada à Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo)
Atuações Hospitalares:
Membro da equipe de cardiologia e reabilitação cardíaca do Hospital Samaritano Paulista e Higienópolis.
Por que a RCP é importante?
- Mantém o fluxo sanguíneo: Em caso de parada cardíaca, o coração não bombeia mais sangue para o corpo. As compressões torácicas imitam a ação de bombeamento do coração, mantendo o sangue circulando.
- Previne danos ao cérebro: O cérebro é extremamente sensível à falta de oxigênio. Após poucos minutos sem oxigênio, podem ocorrer danos cerebrais permanentes. A RCP ajuda a fornecer oxigênio suficiente ao cérebro até que a respiração normal seja restaurada.
- Aumenta as chances de sobrevivência: A realização imediata da RCP pode dobrar ou triplicar as chances de sobrevivência da vítima. Cada minuto de atraso na RCP reduz a probabilidade de sobrevivência em cerca de 10%.
- Simples de aprender e aplicar: A RCP pode ser realizada por qualquer pessoa com treinamento básico. Em muitos lugares, existem treinamentos acessíveis que ensinam as técnicas de RCP.
- Complementar ao desfibrilador: A RCP é usada em conjunto com um desfibrilador automático externo (DEA), que pode restaurar o ritmo cardíaco normal em algumas situações.

A RCP (Reanimação Cardiopulmonar) deve ser realizada em situações de emergência onde uma pessoa apresenta sinais claros de parada cardíaca ou respiratória.
Aqui estão as situações específicas em que a RCP deve ser realizada:
Situações para realizar a RCP
- Parada Cardíaca:
- A pessoa está inconsciente, não responde a estímulos e não apresenta pulso : você não consegue sentir o pulso da pessoa, indicando que o coração não está bombeando sangue.
- A pessoa não está respirando ou não respira normalmente (gasping ou respiração agônica – dificuldade de respiração em que a pessoa fica ofegante para obter ar).

2. Afogamento:
- A vítima é retirada da água e não está respirando ou não respira normalmente.

3 .Asfixia ou Estrangulamento:
- A pessoa está inconsciente, não responde, e não respira após uma obstrução das vias aéreas.

4. Sufocamento por Inalação de Fumaça ou Intoxicação:
- A pessoa não está respirando ou respira de forma inadequada após inalar fumaça ou substâncias tóxicas.

5. Choque Elétrico ou Relâmpago:
- A pessoa está inconsciente e não respira após ser atingida por uma descarga elétrica.

6. Overdose de Drogas ou Medicamentos:
- A pessoa está inconsciente e não respira devido ao consumo excessivo de substâncias.

7. Trauma Grave:
- A pessoa não responde e não respira após um acidente, como queda, acidente de carro ou outro tipo de trauma significativo.

8. Emergências Médicas:
- A pessoa pode ter uma arritmia grave, um infarto do miocárdio ou AVC que possa levar a uma parada cardíaca.

Considerações Importantes
- Avalie a segurança do local: Antes de iniciar a RCP, certifique-se de que o ambiente ao redor é seguro para você e para a vítima.
- Chame por ajuda: Peça para alguém ligar para o serviço de emergência (SAMU, 192 no Brasil) ou faça você mesmo a ligação antes de iniciar a RCP.
- Consciência do treinamento: Se você não tem certeza sobre como realizar a RCP corretamente, os serviços de emergência podem orientá-lo por telefone.

Quando Não Realizar a RCP
- Se a pessoa estiver consciente: A RCP não é necessária se a pessoa estiver acordada e respondendo.
- Se a pessoa estiver respirando normalmente: Verifique se há respiração normal antes de iniciar a RCP. Se a respiração é normal e regular, a RCP não é necessária.
- Pessoas com sinais evidentes de morte: Como rigor mortis, decapitação, ou outros sinais óbvios de morte. Nesses casos, a RCP não será eficaz.
Importância do Treinamento
É crucial que aqueles que possam estar presentes em situações de emergência recebam treinamento formal em RCP para garantir que a técnica seja aplicada corretamente e com segurança.
Cursos de treinamento estão disponíveis através de organizações de saúde, escolas, locais de trabalho, e grupos comunitários.
Existe um curso que ensina esta manobra a leigos chama-se BLS.
Como realizar a RCP?
O procedimento de RCP (Reanimação Cardiopulmonar) é composto de uma série de passos essenciais para maximizar a probabilidade de sobrevivência de uma pessoa que está em parada cardíaca ou respiratória. A seguir, passo a passo do procedimento:
1. Avaliação Inicial
a. Verificar a segurança do local:
- Certifique-se de que a cena é segura para você e para a vítima. Procure por riscos como incêndios, gases, fios elétricos expostos ou outras ameaças.
b. Avaliar a vítima:
- Verifique se a pessoa está consciente. Dê leves batidinhas nos ombros da pessoa e pergunte em voz alta: “Você está bem?”
- Avalie a respiração e pulso. Olhe para o movimento do tórax, ouça sons de respiração, e sinta o pulso. Se a pessoa não estiver respirando ou não estiver respirando normalmente (gasping – quando a pessoa fica ofegante ou faz um esforço para obter o ar), prossiga com a RCP.
2. Chamar por Ajuda
a. Solicite assistência:
- Peça para alguém ligar para o serviço de emergência (192 no Brasil) imediatamente. Se estiver sozinho, ligue você mesmo antes de começar a RCP, se possível. Informe a localização e a situação da vítima.
3. Iniciar as Compressões Torácicas
a. Posicionamento correto:
- Deite a vítima de costas em uma superfície plana e firme.
- Posicione-se ao lado da vítima.
- Coloque a palma de uma mão no centro do peito da vítima (linha entre os mamilos). Coloque a outra mão sobre a primeira. Mantenha os cotovelos retos e posicione seus ombros diretamente acima das mãos.

b. Realizar as compressões:
- Comprima o tórax pelo menos 5 cm, mas não mais do que 6 cm. Use o peso do corpo, não apenas a força dos braços.
- Realize as compressões em uma taxa de 100 a 120 compressões por minuto. Conte em voz alta para manter o ritmo.
- Permita que o tórax retorne completamente à posição normal entre as compressões. Isso permite que o coração se encha de sangue novamente.
4. Respirações de Resgate (opcional para leigos)
a. Abrir as vias aéreas:
- Inicie com 30 compressões torácicas antes de fazer a respiração.
- Após as compressões, incline a cabeça da vítima para trás e levante o queixo. Isso abre as vias aéreas.
b. Realizar respirações de resgate:
- Aperte as narinas da vítima para fechar as narinas.
- Faça uma vedação completa ao redor da boca da vítima com a sua própria.
- Sopre suavemente no interior da boca, observando se o peito da vítima se eleva. Dê duas respirações lentas e firmes (cada uma de 1 segundo). Certifique-se de que o peito da vítima se eleve com cada respiração. Apenas faça respiração boca a boca se conhecer a vitima e souber que ela não tem alguma doença que possa ser transmitida pelo contato.
- Retorne imediatamente às compressões. Se não for treinado ou não tiver equipamentos adequados para realizar as ventilações – continue com as compressões apenas.
5. Ciclo de RCP
a. Continue a RCP:
- Siga o ciclo de 30 compressões e 2 respirações. Se estiver fazendo apenas compressões, continue sem pausas. Após 2 minutos se possível troque de socorrista na massagem para manter a qualidade da RCP.
- Reavalie a vítima após cerca de 5 ciclos ou 2 minutos. Se a vítima ainda não responder, troque de socorrista na massagem cardíaca se for possível e continue a RCP.
6. Uso de um Desfibrilador Automático Externo (DEA)
a. Se disponível, usar um DEA o mais rápido possível:
- Ligue o DEA e siga as instruções de voz. O DEA irá instruí-lo a colocar os eletrodos adesivos no peito da vítima.
- Certifique-se de que ninguém esteja tocando a vítima. O DEA irá analisar o ritmo cardíaco.
- Siga as instruções do DEA para aplicar o choque, se necessário. Após o choque, continue a RCP imediatamente.
7. Continuação até a chegada de ajuda
Continue a RCP até uma das seguintes condições ocorrer:
- A vítima mostra sinais de recuperação, como movimento, tosse ou respiração normal.
- Chegada de um profissional de saúde ou serviço de emergência que assume o controle.
- Você está sozinho e se torna fisicamente incapaz de continuar devido ao cansaço.
Observações Importantes:
- Manter a calma: Tente manter a calma durante todo o processo. Seguir os passos meticulosamente pode fazer a diferença na sobrevivência da vítima.
- Treinamento: Ter um treinamento adequado e atualizado em RCP é essencial para realizar o procedimento de maneira eficaz e segura. Muitas organizações oferecem cursos regulares de RCP.
- Desfibrilador: Sempre use um desfibrilador se disponível, pois ele pode ajudar a restaurar um ritmo cardíaco normal em certas situações.
Colocamos aqui o link de uma sequência de RCP Completa feita pelo Instituto Brasileiro de APH – IBRAPH
Sequência de RCP completa na PCR | Os 4 Passos que Salvam Vidas | Protocolo de SBV | Aula Prática
Este vídeo é muito completo, vale a pena assistir, pode salvar vidas….!

Dra. Amanda Barbuio Teixeira
Especialidade: Cardiologista
CRM: 125197
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Detalhes para contato:
A Dra. Amanda Barbuio Teixeira atende em dois endereços:
- Rua Domingos de Moraes, 2781 – sala 804 – 8o. andar – Cep 04035-001 – São Paulo
- Rua Antônio Cardoso Moreira, 100 – Companhia Fazenda Belém, Franco da Rocha – Cep 07802-080 (Clínica Ayres e Nogueira)
Para agendamento de consulta em ambos os consultórios ligue ou envie
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Referencias
Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados
Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019